Porque o pai não está por perto e porque os prazos estão a ficar curtos decidi ir com o José tirar fotos tipo passe.
A escolha do fotografo, para quem como nós há séculos que não precisa deste serviço recaiu sobre o primeiro que apareceu e foi a loja de fotografia da Rua General Rosadas, para quem não conhece, é uma lojinha à moda antiga cheia de retratos de outros tempo de meninos que riem em pose para a o foto.
Mal entrámos na loja o meu impulso foi dar meia volta, tarde de mais... o fotografo Tony já nos tinha apanhado na sua objectiva e cativou em meio tempo o José, rapaz nada fácil nestas e noutras lides, com a oferta rápida de um chupa-chupa. O Srº Tony, que acha que as máquinas digitais vieram estragar a fotografia, e que o mal do mundo se deve aos computadores e aos telemóveis, foi falando dos tempos em que fotografou a inauguração da Ponte Salazar e outras que tais... do tempo em que era fotografo de imprensa e de como tinha fotografado os violinos do Sporting e coisa e tal... Eu e o José fomos ficando fascinados: o José pela conversa e pela simpatia que o fotografo Tony demonstrava para com ele eu pela fascinação do José para com o fotografo Tony.
Lá conseguimos sair da loja com 4 fotos tipo passe desfocadas, um chupa-chupa uma caneta de grande requinte (Olhe que eu não dou destas canetas a toda a gente, este menino é muito bem educado) e ainda com 2 borrifadelas de perfume Patchouli no José com o seu consentimento, fica a nota.
Na minha pressa de sair dali, ainda ouvi o José repetir: Mãe o Senhor disse para virmos cá tirar uma fotografia para por na montra.
Ele há coisas...
Sem comentários:
Enviar um comentário