terça-feira, 21 de setembro de 2010

NOVELA

Bateram-lhe no carro.
Estava parada a sair do carro com os dois piratas lá dentro, felizmente ainda com cinto e pum, batem-lhe por trás.
Confusão... tudo chora e se assusta...
Um cromo, dos grandes tenta culpá-la por não ter sinalização... and so on.
Bateu por trás numa viatura parada haverá desculpa para isto?!?! Talvez, não sabe, ela não teve culpa nenhuma.
Se o cromo não viu, se vinha distraído se a noite lhe tinha corrido mal, se o carro não era dele... ela não tem culpa, foi apanhada numa cena da qual quer sair... mas o cromo parece não ser da mesma opinião.
O cromo acredita que ainda há covardes que acham que as mulheres se amedrontam ou tem medo de algum cromo que fala alto e enche o peito.
Disse-lhe apenas que não sabia com quem se estava a meter.
O cromo acalmou-se foi quase um balsamo para quem até lhe queria oferecer pancada.
É incrível a quantidade de homens que continuam a achar que podem intimidar uma mulher por serem grandes ou encherem o peito ou por mandarem uns gritos. É inacreditável a quantidade de homens que acreditam que as mulheres são uma condição inferior que se intimida com o elevando número de cromos iguais a ele a que se recorre quando não se é Homem suficiente para se admitir o erro e assumir as consequencias.
É pena mas ainda há muito ser que nem a H tem direito.

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