sexta-feira, 3 de junho de 2011

Algodão doce

O José olhou para o carrinho e viu sair uma nuvem cor de rosa...
Soube naquele momento que queria aquilo, fosse lá o que aquela nuvem fosse.
Tentei dissuadi-lo a desistir da ideia, ofereci-lhe um cafézinho, um copo de água, uma empada, de nada serviu.
A Senhora do carrinho teve pena dele, afinal ela está ali a fazer crianças sonhar!
Sonhar com nuvens doces que parecem algodão.
Perante uma implacável mãe, perante uma mãe sem coração que não compra uma nuvem doce para o seu pequeno a Senhora, num gesto de generosidade ofereceu uma nuvem cor de rosa num pauzinho ao José. Ele, qual menino com tesouro na mão, exibiu-o orgulhoso e soube-lhe bem de mais.
A pequena Rosa nem queria acreditar que o José tinha uma nuvem da sua cor.
Tudo o que é cor de Rosa pertence á Rosa. Isto é lógica! O Rosa é uma cor que lhe pertence.
Perante o choro da Princesa a Deliciosa Senhora do carrinho das nuvens doces e cor de rosa, mais uma vez  magnânima na sua generosidade, salvou a Princesa das garras da mãe.
Os dois pequenos maravilhados com dois pauzinhos que seguravam duas nuvens doces e cor de rosa estavam deliciados e a esta altura bastante lambuzados também.
Não há moral da história, mas as mães que são más acabam castigadas com a peganhice das mãos dos pequenos que abocanham nuvens cor de rosa ou simplesmente as amassam na mão. 

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