sábado, 24 de julho de 2010

Zanga

Andar de mão dada com a pequena Rosa tem sido a minha ocupação durante estes dias de varicela.
Felizmente a pequena teve sorte e a varicela quase não fez estragos, no fim de semana ainda esteve assim com ar de doente mas na terça-feira estava quase fina e pronta para fazer asneira até não poder mais...
Ficar uma semana inteira em casa com a pequena, significou que ficámos ainda mais próximas e andar de mão dada, ou com a Rosa agarrada às minhas pernas, foi uma constante.
Quando está com outras pessoas na boa, ficou ontem com o pai e ficou bem, mas quando eu estou não consigo fazer nada de nada, só dá Rosa.
Agarra-me na mão e diz: anda, anda... e lá vou eu.
Ontem ficou todo o dia com o pai e a custo lá se despediu de mim quando sai de manhã.
Mas quando me viu à noite nem me falou, passou por mim parecia uma flecha, nada, nem olá, nem um sorriso, nem nada. Bem a chamei, bem tentei falar com ela, foi como se não me visse. Não teve ciumes nem gritou quando o José me encheu de beijos e de abraços e estivemos abraçados imenso tempo... ela, nem para nós olhou.
Estava zangada a minha pequena e foi zanga gorda!
Quando chegou a hora de ir para a cama e lhe peguei ao colo bateu, foi á custa de muitos beijos e muitas festas e muito mimo que a pequena fez as pazes comigo. Ficou danada e muito.
Minha linda Rosa: quando fores sair com as tuas amigas ou com os teus amigos e me deixares em casa sozinha com o teu pai, não quero ficar amuada como tu, quero apenas ter a certeza que estás bem, e quando voltares me enches de beijos e de festas e de carinhos porque estarei sempre lá à tua espera. Mas se por algum motivo eu fizer birra, manda-me ler este post, para me lembrar que quero aprender com os erros e não quero errar contigo. Tens todo o direito de te sentir zangada porque não percebes e não podes perceber, que estás comigo sempre, onde quer que eu vá, porque não percebes isso e porque para ti ainda significa que se não estou fisicamente não estou, mas chegará o tempo em que vais perceber e eu também quero perceber contigo, que não posso, não quero e não tenho o direito de te amarrar a mim. Tu és um Ser único, individual e acredito eu pensará por si e por isso mesmo não vai precisar de mim para nada, espero também que isso não signifique nunca que eu não faça parte, não esteja lá. Sempre.
Vai dai a diferença: eu sou tua mãe e tu és minha filha.
Tu podes amuar comigo, as vezes que quiseres.
Eu não quero amuar contigo. Nunca.

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